Como se faz para escolher as próprias leituras? Não aquelas que nos obrigam os afazeres escolares. Mas aquelas voluntárias, escolhidas. Durante um tempo eu comprei livros por conta de suas capas. Idiota, mas sou designer e me parecia um indicativo de boa leitura algo que se protegesse ou se mostrasse na forma de uma bela capa. Também discos eu comprei assim. Confesso, eu ainda compro discos, cds. Resolvi considerar além da casca e passei a me informar sobre a possibilidade de boa leitura em artigos da crítica especializada. Confesso que, a depender da crítica, minha técnica de apreciação das capas promovia resultado mais consistente. A etapa seguinte foi ler o que me aparecesse pela frente e a própria leitura daria conta de separar, ainda nas primeiras páginas, os bons dos maus. Gostei do resultado e isso me exigia mais tempo dedicado a ler. Hoje tento ler três livros de uma única vez, intercalando-os. No momento são
A cidade ilhada – Milton Hatoum;
Trilogia suja de Havana – Pedro Juan Gutiérrez e (a releitura de)
Memórias do Cárcere – Graciliano Ramos. Se misturo as narrativas? Geralmente não, mas quando acontece não é de todo mal. Em verdade os três foram momentaneamente trocados pela leitura dos manuscritos do romance de um amigo. Promissor.
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