quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Pelo fim das coisas

Chega, cansei de entrar aqui, olhar o último post e, simplesmente sair fora. Acabou já faz um tempo o meu ânimo para colocar essas coisas aqui. Mas acho que as coisas devem chegar em algum lugar, às vezes. Chego, portanto, ao fim do blog. Não disse o fim do livro, esse continua tomando corpo, letra por letra, sofrido, mas determinado. Abraços. FIM.

sábado, 26 de setembro de 2009

O dia depois de hoje

Vamos, pois, aproveitar esse final de setembro para retomar o ritmo e voltar aos posts mais frequentes. Diários eu, definitivamente prometo não mais prometer.
Tempos atrás me atrevi a falar do tempo, pedi penico para Santo Agostinho e creio ter-me saído bem, pela tangente, mas em bom estilo. Penso que a noção de tempo seja um dos grandes problemas dos homens, em particular a noção de futuro. O que virá amanhã? E tomem preocupações. Por que diabos não fazemos como os animais que, simplesmente, vivem o presente, sem, nem mesmo, terem a menor noção do que seja o presente. Simplesmente vivem.
Pensar no amanhã é antecipar problemas. O que vou comer amanhã? Terei trabalho? Conseguirei meu sustento? E toda a atenção e energia se voltam para um tempo que sequer sabemos se, de fato, chegará. É o hoje que importa, esse minuto, e não o dia depois de hoje.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

O de setembro

Meus posts diários passaram ser a semanais e agora me dou conta que se tornaram mensais. Vergonha?! Nem sei bem o que é? Falta de determinação talvez. Mas aqui estou, levando, empurrado por ventos brandos, quase sopros, dos amigos sempre fiéis. Quem sabe outubro não traga de volta o vigor inicial? Eu não apostaria.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

HD 2

Me ligaram hoje à tarde, depois do meu cochilo é claro. Era da empresa especializada em recuperação de HD. Quanto frieza. Esperava palavras de consolo, comiseração, afago. Essa coisa toda é culpa do marketing: eficiência, eficácia, atendimento impecável. À merda com isso! – Sr. André, favor entrar em nosso site, preencher o formulário de ocorrência, imprimir o relatório que receberá por email e anexar ao HD, que deve ser encaminhado a nosso laboratório.
Desisti. O que perdi, perdido está, foda-se. Faço de novo, melhor.

A chuva

Chuva em agosto é novidade. A essas alturas deveríamos estar amargando já uns tantos dias sem chuva, muita poeira, doenças respiratórias, alergias, falta de ar e o caralho a quatro. Hoje mesmo não me conformei com a situação e, passado o empanzinamento do almoço, fiz valer minha condição de revoltado e, ali pelas 14h30, cerrei as venezianas do quarto, me enfiei por debaixo das cobertas e dormi. Sim, por pura indignação com essa chuvinha banzenta, dormi por um par de horas e uns tantos minutos mais. Acordei com aquele gosto de vingança na boca, nem pasta de dente conseguia arrancar o ranço. Tive mesmo que apelar para o kit glicose - um sonho de valsa amolecido por um copo de guaraná. E um arroto, claro, para selar aquele momento vingativo.
Se essa chuva safada persistir, amanhã tem mais. Ara, se não!!!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

É possível formatar um HD sem querer?!

Ainda tento entender o mal que me acometeu para que eu fizesse tal insanidade. Formatei, sim. Num desespero de madrugada com meu MacBook Pro, fodão. O sacana travou depois de uma tentativa frustada de atualização do seu sistema operacional por uma versão mais recente, piratona, confesso.
Aí, como diria meu amigo Fayad, rolou uma parada sinistra, e deu tudo errado. Tentei voltar ao estado anterior, de muita calmaria e felicidade mas, eis que, vesgo de sono e traços de álcool consumido no seio do lar, autorizei a formatação do peste. Só percebi no dia seguinte, minutos antes de uma aula que estava toda composta no meu finado HD.
Pânico, náuseas, suei cubos de gelo. Xinguei horrores, metros além dos habituais caralho, porra, puta-que-pariu.
Acabei de escrever um e-mail para um empresa especializada em recuperação de dados. Aguardo, já sem unhas, por uma resposta.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

De volta às plantas

Não é que as plantas têm-se revelado uma atividade terapêutica proveitosa? O problema é ter que compartilhar com outros seres, um tanto indesejáveis. Em verdade nada tenho contra formigas e cupins, nada tenho vírgula, desde que os referidos meliantes não se metam nas minhas cercanias. Pois foi exatamente assim que acabei arrumando dois grupos de ferrenhos desafetos.
As formigas, sacanas, atacam à luz da lua, minhas mudas recém adquiridas e destroem tudo de uma lapada só. Outro dia ganhei de amigos uma muda de Noni. Confesso que sei pouco sobre a espécie, nada além da lembrança de meus pais gastarem uma pequena fortuna na aquisição de garrafas de suco da fruta (se aquilo for fruta). Coisas da moda geriátrica, num dia é Noni, noutro confrei, foi assim com acerola, com barbatana de tubarão e outras tantas que a idade não me permite lembrar.
Já os cupins, não bastassem os ataques subterrâneos às raízes das pobres plantas, resolvem fazer caminhadas noturnas, invadem o gramado e dificultam a captura das comparsas formicídeas. É que os nojentos, quando ameaçados, parecem cães de guarda, disparam ferroadas para todo lado. Não aliviam nem as sandálias Havaianas.
E eu que reclamava da cantoria das pobres cigarras.