sábado, 6 de junho de 2009

Coisas

Meu Neto

Passavam das oito da manhã quinze minutos quando o telefone chama e do outro lado meu segundo filho me surpreende com a notícia de que meu primeiro neto acabara de nascer. O escroto, não do meu neto, mas do meu filho, mas não o escroto de fato e sim a escrotice, fez com que ele e minha nora, que nesta época andava às voltas com exercícios de yoga e técnicas de acompanhamento do trabalho de parto, resolvessem toda a tensão do momento com uma calma samaritana. Meu filho, não bastasse ter assistido tudo de perto, ainda garantiu a integridade física de minha nora e de sua dignidade. O mesmo filho que desmaiou ao ver uma incisão de pouco mais de um centímetro de largura na pata de uma cadela pastor alemão que tivemos.

Meu neto nasceu com problema com o escroto, não meu filho, mas com o escroto mesmo. Tinha líquido acumulado no saco e antes mesmo dos seis meses todas as previsões pessimistas dos médicos a que consultamos na época foram dissipadas e esquecidas. Era o primeiro filho de meu filho, meu primeiro neto, o primeiro bisneto de minha madastra e provavelmente o primeiro acontecimento importante dos melhores anos de minha vida.

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