06h43. Acendo a luz do despertador pois, apesar de as venezianas de madeira estarem escancaradas, o horário de verão me faz levantar com as estrelas ainda visíveis.
06h45. Levanto fazendo a cama ranger e, após uma mijada ardida e a conta gotas, deixo a água morna do chuveiro me despertar a derme. Fecho a torneira e enrolado na toalha sigo até o quarto sentindo o ar frio me fechar os poros. Sem acender as luzes alcanço um par de meias e uma cueca e uma par surrado de jeans e uma camiseta cinza. Ela me observa sem se mover e com a respiração pesada de quem ainda deveria estar dormindo. Eu juraria que estava. Já vestido, com as chaves e o telefone celular em mãos, abro a geladeira e me sirvo um copo da garrafa de 1 litro de iogurte de morango. Bebo de um só gole, sinto náuseas e saio sem ter mastigado nada sólido.
07h03. Abro o portão da garagem pressionando o botão do controle remoto e entro no meu renault preto que, para meu completo emputecimento, não pega quando viro a chave na ignição.
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