domingo, 31 de maio de 2009
Gasolina
sábado, 30 de maio de 2009
O camelo e a flor
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Vinho barato
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Golpe
Tenho que confessar que, apesar do pouco tempo desde que iniciei a empreitada, tive que dar uns golpes na atualização do blog. Posts diários dão um trabalho grande, aliás, danado. E acabei juntando uns posts no mesmo dia e trocando as datas de publicação. Foi fácil, mas prefiro confessar a malandragem. Era isso, confissão.
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Por detrás dos livros 1
A senha, por favor. O silêncio que pairava opressor e abafado foi dissipado pelo som seco das seis teclas sendo pressionadas com rapidez por um único dedo da mão direita. Ela me dispensou um obrigado entre tímido e burocrático, recolheu os três títulos que pendiam sobre o balcão e me deixou a passos lentos e ruidosos. O solado de borracha de seus sapatos vermelhos crepitava contra o piso gasto de paviflex amarelado.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Outros sons
segunda-feira, 25 de maio de 2009
A morte em branco e amarelo
domingo, 24 de maio de 2009
sábado, 23 de maio de 2009
Sábado tem post?!
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Coisas que escrevi
Meu irmão
Eu tinha lá pelos meus três ou quatro anos quando reparei pela primeira vez que meu irmão vivia olhando o mundo pela janela do carro. Um ano, sete meses e quinze dias. Era a diferença que tínhamos de idade, ele mais velho. Quando estava com dez meses teve que parar de mamar porque minha mãe ficara grávida de mim. Desde muito cedo disputamos a atenção dela. Quando ela ficava um pouco mais com meu irmão eu inventava logo um choro sem motivo, mas, que me rendia alguns instantes de vantagem. Sempre achei que o tempo ao seu lado era precioso, só não sabia porque, eu apenas sentia. Meu irmão também sabia disso e sempre tirou proveito de sua condição de primogênito para estar próximo dela. Herdei seu berço laqueado branco com protetores de algodão recheados de espuma. Aliás, herdei quase tudo que podia apesar de ser menina. Até cuecas eu usei por falta de calcinhas limpas. Junto com o berço vieram as grades e a desvantagem de precisar sempre de alguém para me desvencilhar delas. Meu irmão ganhara uma nova cama pintada de branco lavado, uma espécie de pintura aguada que precisava de um nome que lhe rendesse presença nas boas lojas de móveis e que esteve na moda durante alguns anos de nossa infância. Trinta e dois centímetros do chão eram os únicos obstáculos que o separavam da liberdade. Ele escapava toda noite e se metia, fingidamente sonâmbulo, por entre minha mãe e meu pai. Tinha o estranho hábito, que hoje sei bem que não era nada estranho, de se deitar atravessado na cama. A cabeça encostada em minha mãe e os pés, principalmente os calcanhares, divididos entre os olhos, o nariz e a boca de meu pai.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Outras palavras
Uma brisa
A vida é uma brisa que sai pelas narinas,
Morna e profunda nos sonhos juvenis,
Seca e ofegante nos trêmulos passos da subida,
Acre e ocre nos bigodes branco neve.
A vida é uma brisa que sai pelas narinas,
Gasta na contagem regressiva do suicida,
Aguda no esforço muscular da pneumonia
Invisível no intervalo opressor de uma apnéia.
Siul Rasec (14.06.2007)