Passei tarde dessas metido com as plantas. Dei por mim que uns tomateiros semeados tempos atrás tinham dado para amarelar as folhas. Plantei os danados na galega: catei um tomate já meio nauseabundo, esmaguei o peste e arranquei-lhe as vísceras, na ponta da faca. Deixei que, durante dois dias, o sol lhe esturricasse as sementes e lancei-as à terra. Pareceu vingança, as malditas germinaram e me mostraram quem é que manda. Temo em comer os frutos que virão, puro veneno. Compadeci-me. Transplantei, adubei, me fiz de deus separando as plantas que acreditava não teriam chances de sobreviver e, por fim, mandei água. Seguem firmes, decretamos trégua às rusgas que nos afastavam.
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