Tempos atrás me atrevi a falar do tempo, pedi penico para Santo Agostinho e creio ter-me saído bem, pela tangente, mas em bom estilo. Penso que a noção de tempo seja um dos grandes problemas dos homens, em particular a noção de futuro. O que virá amanhã? E tomem preocupações. Por que diabos não fazemos como os animais que, simplesmente, vivem o presente, sem, nem mesmo, terem a menor noção do que seja o presente. Simplesmente vivem.
Pensar no amanhã é antecipar problemas. O que vou comer amanhã? Terei trabalho? Conseguirei meu sustento? E toda a atenção e energia se voltam para um tempo que sequer sabemos se, de fato, chegará. É o hoje que importa, esse minuto, e não o dia depois de hoje.